- Volta aqui! - Louis gritou atrás de mim. Eu tentava procurar a saída daquela bendita hípica e parecia que a propriedade não tinha fim. - Eu ainda não terminei com você, (s/n).
- Me deixa em paz, cara. - Falei já cansada enquanto tirava as luvas. Tínhamos acabado de terminar o treino.
- Pra quê? Você quer ficar com ele sozinha? É isso? - Puxou meu braço e apertou enquanto falava cada palavra raivosamente próximo ao meu rosto.
- Não te interessa, Louis. Me deixa sair daqui em paz! Você está me machucando, porra. - Dessa vez eu gritei com ele na esperança de que alguém ouvisse.
- Desculpe. - Soltou-me e suspirou. - Não vá embora, por favor. Ainda temos a…
- Não temos nada! Essa é a questão. NÓS NÃO TEMOS NADA! - Gritei e saí às pressas antes que ele voltasse a me pegar daquele jeito.
- Se você for embora…
- Adeus! - Cortei-o e continuei em busca da saída.
- Fique aqui! Eu posso voltar lá e quebrar a cara do seu amiguinho, (s/n). - Louis gritou ainda mais alto na frente de todos, quando eu já achava que ele estava bem longe de mim.
- Pare com isso. - Eu disse entre dentes quando ele se aproximou.
- Por favor… Fique. Eu não vou implorar mais do que isso, acredite.
Bufei e entrei junto com ele novamente na hípica, fomos até a arquibancada e ficamos lá sentados. Calados. Apenas observando os cavalos dando voltas pela extensa faixa de areia.
- E então… - Falei impaciente.
- Você viu o jeito que ele te olha? - Louis não olhava-me nos olhos, provavelmente estava muito irritado. - Pra ele você não é uma simples amiga.
- Mas pra mim ele é um simples amigo. Isso não importa?
- Estamos falando de outra coisa aqui.
- Ah é Louis, estamos falando de quê?
- Olha, eu não consigo. É mais forte do que eu.
- Não consegue o quê, cara?
- Eu não me controlo quando algum idiota chega perto de você, eu sinto vontade de esmagar o rosto do desgraçado.
- Louis… - Ele não me deixou continuar.
- Não vem me dizer que não temos nada, (s/n). Nós temos sim, ficamos diversas vezes e quase… - Dessa vez eu que interrompi.
- QUASE! - Exclamei rapidamente. - E não me arrependo de ter desisto. Olha a cena que você faz na frente de todo mundo por causa de um amigo qualquer. Acha que eu quero isso pra mim?
- Eu… Eu prometo mudar. Por você eu mudo, em qualquer coisa, todas as minhas atitudes. Eu juro! - Sorri sabendo que era mentira. Toda vez ele dizia isso.
- E para quê você mudaria? Qual o intuito?
- Namorar você. Oficialmente. - Ri escandalosamente.
- Você acha que eu vou querer?
- Tenho certeza.
- E o que acha de um pedido formal? - Perguntei sorrindo atrevida. Louis demorou um pouco.
- Quer namorar comigo? - Perguntou minutos depois.
- Que pedido de merda é esse? E o complemento?
- Você não quer que eu me ajoelhe… - Continuei com um sorriso pregado no rosto. - Ou quer?
- Sim, obviamente.
- Nunca! Isso não, (s/a).
- Então sem namoro, Louis.- Levantei-me da arquibancada e desci alguns degraus. Ele segurou meu braço.
- Espera. - Suspirou. Virei-me para ele que ainda relutante apoiou uma perna no chão. - (s/n), você aceita namorar comigo?
- Hmmm… Deixe-me ver. - Olhei para o céu.
- Não brinque comigo. Fale logo.
- Eu aceito. - Ele soltou o ar que prendia. - Mas só se você for um pouco mais delicado. Odeio homem bruto.
- Tem certeza? - Puxou-me com força pela cintura.
- Tenho. - Beijei-o apressadamente e puxei seu lábio inferior com a mesma força que ele usou em mim.
- (s/n)! - Ouvi alguém me chamar em voz alta. Soltei Louis e pude ver meu amigo, o homem que meu namorado estava tão incomodado, parado um pouco distante. Josh parecia surpreso.
- Oi, Josh! - Respondi tentando não ficar nervosa. A reação de Louis poderia ser qualquer uma.
- Está tudo bem aí?
- Claro. Não está vendo? Por acaso viu alguém aqui discutindo? - Louis respondeu.
- Louis… - Tentei acalmá-lo.
- Hey cara, estou falando com ela. - Josh irritou-se.
- Josh, por favor, nos deixe a sós. Está tudo bem, okay? Obrigada. - Fui calma, embora que por dentro estivesse tremendo de medo.
- Qualquer coisa me ligue ou grite.
- Ela não vai precisar disso. - Louis respondeu mais bravo.
- Você me prometeu…
- Desculpa! - Puxou os cabelos.
- Viu que eu não posso confiar em você?
- A partir de agora eu prometo que isso não vai mais acontecer.
- Ah Louis, o que eu faço com você? - Ri puxando-o pela camisa e beijando-o novamente. É, vamos ver no que isso vai dar.
faz mais do louis
ResponderExcluirPERFEITO
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